sábado, 21 de agosto de 2010

Por que não estar linda todos os dias?

Há algum tempo atrás, estava na praça de alimentação da faculdade, falando sobre beleza com as minhas colegas. Eu dizia que eu não gostava de me arrumar todo dia, me maquiar, porque quando eu fosse realmente sair para algum lugar especial, ninguém notaria a diferença e não daria o "impacto" desejado. Contudo, uma colega discorda e diz:

"Para que ficar linda um dia se eu posso ficar todos os dias?" (M.B.)

Isso realmente me fez refletir certas coisas, não só em se arrumar, mas em todos os aspectos da vida. Quantas vezes compramos coisas e guardamos por um momento especial, que às vezes nunca chega, ou guardamos para um dia falar algo de bom para alguém que estimamos, e nunca dizemos porque um dia vai ter a oportunidade. E se a oportunidade não chegar?

Eu lembro que eu tinha um amigo que sempre me convidava para tomar um milk shake no Bob's com ele, e eu sempre adiava, pois tinha outros compromissos. Até que um dia recebi uma ligação no meio da noite com a noticia que ele tinha morrido em um acidente de carro. Fiquei em choque. Isso deve fazer mais ou menos 10 anos, mas sabe o que fica na minha cabeça? Eu não tomei o milk shake com ele...

Recebemos diariamente e-mails falando desse assunto, como a história do marido que estava enterrando a esposa com a lingerie que ela guardou para um momento especial e nunca usou, e etc. A questão não é simplesmente fazer tudo o que "dá na telha" porque não sabemos o amanhã, e sim analisar um pouco o que é realmente importante na vida. Mas o que é importante?

Importante é passar a mensagem a pessoa estimada. Se você ama alguém, diga para essa pessoa, diversas vezes se for possível. Se a pessoa souber disso, mesmo que possa acontecer algo no futuro, você não ficará tão abalado com a ausência desse alguém, no sentido de imaginar "será que ela sabia o que eu sentia por ela?" E se for você a pessoa ausente, a pessoa que você ama vai saber que você realmente a amou, e nunca ficará com dúvidas disso. Nós nos arrependemos das coisas boas que não dissemos, do perdão que não oferecemos a um amigo, ou de surpreender alguém, talvez com uma lingerie nova, ou ainda tomar o seu milk shake com alguém especial. São tantas coisas que podem ser feitas...

Quer saber? Vou me arrumar todos os dias, vou dizer que amo incançavelmente, vou ligar para alguém se tiver vontade, e vou surpreender um amigo com alguma coisa boa, sempre que possível. Por que ficar linda um dia, se posso ser assim todos os dias?

Aproveite a vida e seja feliz. E mais importante ainda, se tiver a oportunidade de fazer alguém feliz, faça. It's up to you!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A grama do vizinho nem sempre é mais verde...


“Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.”
(Mateus 7:1-5)
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As pessoas sempre têm histórias para contar, mas nem sempre o conteúdo é favorável ao protagonista do relato. Em certas ocasiões, o conto é repassado repleto de opiniões, e estas nem sempre são positivas. Será que é necessário transmitir essa informação repleta de julgamentos? O que isso vai acrescentar a você?

Olhar para si; as nossas imperfeições.

Quem é perfeito? Se alguém for, atire a primeira pedra. Nós somos constituídos tanto de qualidades quanto de defeitos, mesmo que os últimos sejam descartados ao fazermos uma crítica ao outro. Como analisar o que o outro deveria dizer, ou como deveria agir, se não estamos vivenciando a situação dele?

É mais fácil julgar...

É mais fácil enxergar o erro do outro do reconhecer o seu, pois reconhecer a nossa falha é doloroso e requer a aceitação. Primeiramente é preciso perceber as características que prejudicam tanto os outros quanto a você mesmo, e não colocar elas como obstáculo em sua vivência. Não é errado ter limitações, pois é através delas que buscamos do nosso aperfeiçoamento. Talvez o protagonista da história ainda deva passar por esse período de transição, assim como você tem que passar por outros, ou quem sabe, até o mesmo.

Saia do comodismo, do julgamento, e olhe para si. Como vou avaliar o outro se eu não analiso as minhas atitudes? Se quiser apontar para alguém, primeiramente se vire para um espelho.

sábado, 26 de junho de 2010

Você daria um passo para o lado?


Você está voltando do trabalho, está cansado. Após ficar 12 horas fora de casa, você finalmente pega um ônibus para ir para o seu lar descansar. Dentro do ônibus, a cada ponto que passa, ele fica mais cheio, e as pessoas começam a se irritar. Estas vão parando perto da catraca para que ninguém mais entre no ônibus.

Ao parar em mais um ponto, você olha para a janela, e vê aquelas pessoas que estão lá fora, ansiosas para entrar, e se lembra que você estava assim há minutos atrás. O cobrador, para auxiliar essas pessoas, solicita aos passageiros: “Vocês poderiam dar um passo para o lado, para dar mais espaço para os colegas subirem?” Nesse momento, você vê a agitação no ônibus, a irritação; ninguém se mexe, nem um passo, para ajudar a pessoa que está lá fora.

Por que não damos um passo para o lado para ajudar o outro? E se fosse você a pessoa no ponto de ônibus?

Essa não é uma discussão sobre o problema de transporte urbano, mas sim sobre as atitudes das pessoas em ajudar o próximo. Como posso julgar o problema do transporte urbano, criticar o governo, e entre outras coisas, se eu sou incapaz de dar um passo ao lado para ajudar um colega, que como eu, quer apenas ir para casa descansar? A mudança na sociedade não surge do nada, e sim de pequenas atitudes que fazemos para ajudar o outro. É como uma pequena gota no centro de um lago, na qual as ondas originadas por ela vão aumentando até alcançar a margem.

E se fosse você: daria um passo para o lado?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Só de Sacanagem!

Em uma apresentação, a cantora Ana Carolina leu um texto de Elisa Lucinda muito interessante para nós refletirmos. Segue abaixo o texto:


Só de Sacanagem


Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
“ - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.”
E eu vou dizer:
”- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
E eu direi:
” - Não admito! Minha esperança é imortal!”
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.

Elisa Lucinda

sábado, 12 de junho de 2010

Pedras no Caminho


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas.
Um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa

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No decorrer da nossa história pessoal, passamos por vários momentos diferentes, alguns bons, outros nem tanto. O importante é não ser um sujeito passivo diante dos acontecimentos que nos trazem algum tipo de dor, pois nós somos responsáveis por escrever a nossa história de vida.

Buscamos a felicidade fora de nós, tentando nos completar, mas a ferramenta para a pessoa ser feliz se encontra dentro dela mesma. Isso é olhar para dentro de si e ver as suas qualidades e seus defeitos, e mesmo assim aceitar o jeito que você é. Só assim é possível mudar as nossas atitudes, e em decorrência, todos a sua volta também irão mudar. Para mudar o mundo, basta mudar a si mesmo.

As dificuldades que encontramos na vida são na verdade pequenos aprendizados. Como chegaremos ao topo da escada, sem passar por todos os degraus? Ao passar pelo caminho das dificuldades, encontraremos algumas pedras, e muitas vezes vamos tropeçar. Cabe a você recolher essa pedra ou não para construir o seu castelo. Até uma delicada flor pode nascer em um caminho na qual ninguém imaginaria que seria possível.

Pedras no caminho?

Cabe a você decidir o que fazer com elas.

sábado, 5 de junho de 2010

Ser Cinderela ou não ser?

Lembro que quando era criança, as minhas amigas ao escolherem uma personagem preferida quanto aos contos de fada, escolhiam Cinderela. Há alguns anos atrás, ao olhar um fórum no orkut, na qual as pessoas citavam qual personagem gostariam de ser, a maioria dizia "Cinderela". Mas por que Cinderela?

Se formos analisar, Cinderela é uma personagem que vive em uma casa onde ninguém gosta dela, é uma empregada doméstica ao extremo, e que sonha que um príncipe a salve desse martírio. Ela olha o castelo de longe e imagina uma vida melhor. E no decorrer da história, um príncipe, após conhecê-la, vai atrás dela, a procura em todos os cantos com um sapatinho e a salva da sua vida fadada ao trabalho escravo e sem amor.

O engraçado é que eu nunca quis ser Cinderela. Lembro que a minha personagem preferida era a Bela, da "Bela e a Fera", pois via nela alguém que gostaria de ser. De acordo com a minha percepção da história, Bela era uma moça muito estudiosa e devorava os livros da biblioteca, e apesar de ter um moço galanteador em volta dela na qual todas queriam, ela não o queria, pois não condizia com os valores dela. No decorrer da história, seu pai foi preso em um castelo por uma Fera, e ela corajosamente foi atrás dele, e se ofereceu como troca e viver até a sua morte no castelo para deixar o seu pai livre. Como a sua vida estava fadada a viver com a Fera, tentou fazer a convivência ficar o mais agradável possível, e até descobrir o carinho e o amor atrás de uma muralha de resistência e grosseria.

Bela mudou a vida da Fera, fez ele ver a vida de uma forma diferente, na qual o amor foi o norteador de suas ações. No final, Bela ficou do lado da Fera no confronto, e declarou o seu amor apesar da imagem que a Fera tinha. Como recompensa, a Fera tornou-se novamente um homem, e este não era alguém a priori perfeito, como um príncipe encantado, e sim alguém que mudou as suas atitudes e se tornou um homem melhor e feliz.

Para mim, a Bela foi "o cara"! Ela teve a ação e mudou todo o seu destino, que podia ser fadado ao fracasso. Assim como diz Sartre: "Não importa o que fizeram com você, e sim o que você fez com aquilo que fizeram de você." Faça a diferença, não fique olhando o castelo de longe... It's up to you!